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Cidades sustentáveis, boas práticas acessíveis a todos

Cidades sustentáveis, boas práticas acessíveis a todos

As cidades são verdadeiros centros da vida humana e por isso mesmo são dotadas de uma complexidade incrível.
Em muitas cidades tem-se procurado acima de tudo resolver problemas estruturais e logísticos de forma a poder receber um crescente número de população, atraídos sobretudo pela possibilidade de emprego e disponibilidade de recursos.
Isto fez com que se tornassem lugares por vezes inóspitos e com que surgissem desequilíbrios sociais e ambientais.

O conceito de sustentabilidade refere-se à disponibilidade do mesmo tipo de recursos para as gerações futuras. A qualidade de vida e a boa utilização dos recursos na cidade pode muitas vezes estar associada a organismos públicos, mas a verdade é que cada um de nós pode fazer a sua parte.

E muito pode ainda depender do sector público mas se nada fizermos e se as nossas mentalidades não se adaptarem, nada vai mudar. É uma responsabilidade nossa.
É por isso que hoje lhe falamos de algumas das boas práticas para cidades mais sustentáveis:

A primeira, já conhecida por muitos é reciclar. Tente aproveitar o desperdício dando outro uso ou faça a reciclagem de acordo com o tipo de material.
Uma boa forma de reciclar resíduos orgânicos é fazer compostagem em casa, os seus resíduos tornar-se-ão um óptimo fertilizante para as plantas. Desta forma reduz o volume de lixo que vai para aterros e evita a necessidade de comprar adubos e fertilizantes.

Procure utilizar menos plásticos e embalagens, algumas medidas bastante simples passam por utilizar sacos de rede para a fruta e legumes no supermercado ou por exemplo trocar a sua escova por escovas de dentes de madeira, que já começam a ser comercializadas. Ao comprar, esteja atento pois há produtos que vêm em embalagens já recicladas.

Prefira produtos locais e orgânicos, produtos de origem longínqua significam transporte, poluição e embalamento. A melhor opção é a loja do bairro ou o mercado municipal, onde, para além de venderem produtos locais, têm produtos de agricultura biológica com menor impacto para o ambiente e com vantagens acrescidas em termos de saúde (menos resíduos de pesticidas, por exemplo). Se tiver oportunidade cultive o que come.

Assegure-se da eficácia do isolamento: antes de considerar os sistemas de aquecimento/ arrefecimento assegure-se do correcto isolamento das superfícies da sua casa. Um isolamento eficaz pode reduzir até 30% do consumo de energia. Escolha aparelhos eficientes e feche as portas e janelas. Pode poupar mais de 10% de energia por cada grau que diminuir. Instale vidros duplos ou triplos de baixa transmissibilidade térmica Esta medida pode reduzir até 50% das perdas térmicas pelas janelas e caixilharias, bem como o ruído do exterior.

Outra medida bastante simples de aplicar é a compra de lâmpadas eficientes, o seu custo superior é rapidamente amortizado.

Muitas vezes nas cidades percorremos curtas distâncias, seja casa- trabalho, casa-supermercado-ginásio, indo de carro apanhamos trânsito e gastamos dinheiro em combustível, para além da poluição claro. Na cidade andar de bicicleta pode ser de facto muito prático, quer para o dia-a-dia quer para passear. Se não gosta de fazer muito esforço físico pode sempre optar por uma bicicleta eléctrica.

Os transportes públicos são outra possibilidade bastante prática e económica para se deslocar na cidade.

No jardim: regue o jardim logo de manhã ou ao final do dia para minimizar as perdas por evaporação.
Considere plantar espécies autóctones, adaptam-se melhor ao nosso clima e quase não necessitam de ser regadas. Existem também outras plantas muito interessantes pelas suas formas, cores e aromas e que não precisam de regas intensivas como por exemplo um relvado.

Pode também reutilizar a água, já existem vários tipos de sistema de reaproveitamento das águas utilizadas no banho ou água da chuva (coletores de água), esta água uma vez recolhida pode ser usada para a sanita, rega, lavagens, etc…

Como vê existem muitas formas bastante simples para contribuirmos para termos cidades sustentáveis, só precisa começar.
Escolha a medida mais prática para si e comece, já amanhã.

Amália Souto de Miranda
Arquitecta Paisagista

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